domingo, 31 de maio de 2015

PENSADORES DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

KELLY CRISTINA ARTIOLI
1 Introdução

        O trabalho consiste em mostrar a vida, obra e métodos utilizados por quatro pensadores: Froebel, Montessori, Decroly e Freinet.
          Esses pensadores trouxeram para os dias de hoje suas experiências e métodos pedagógicos que são utilizados atualmente em todo o mundo.
          Cada pensador tem seu ponto de vista, mas analisando seus métodos podemos observar que todos pensam da mesma maneira em relação à criança “normal” e “anormal” integrando a pedagogia.

                                                                   


2 Biografia Jean Ovide Decroly

  Jean Ovide Decroly nasceu em 1871, em Renaix, na Bélgica, filho de um industrial e uma professora de música. Era muito inteligente, porém indisciplinado, por isso, foi expulso de várias escolas, pois não conseguia lidar com a autoridade dos professores e também não frequentava o catecismo. Formou-se em medicina e estudou neurologia na Bélgica e Alemanha. Desde então se dedicou a crianças deficientes mentais. Esse interesse e dedicação o levaram da medicina para a educação; nessa transição criou uma disciplina, a “pedotecnia”, que é o estudo das atividades pedagógicas coordenadas ao conhecimento da evolução física e mental das crianças.
  Casou-se e teve três filhos. Em 1907, fundou a École de Iermitage, em Bruxelas, para crianças consideradas “normais”. Essa escola se tornou popular em toda a Europa e serviu de espaço de experimentação para o próprio Decroly. Então ele passou a viajar pela Europa e América, fazendo contatos com vários educadores.
 Decroly escreveu mais de 400 livros, mas nunca sistematizou seu método por escrito por julga-lo em construção permanente. Morreu em 1932 em Uccle na região de Bruxelas.

2.1 Metodologia

            Jean Ovide Decroly foi o primeiro a tratar o saber de forma única. Entre todos os pensadores da educação que, na virada do século IX para XX questionavam e não aceitavam o modelo de escola que existia e trouxe uma nova concepção de ensino, ele foi o mais combativo.
 Por ter sido na infância, um aluno que não aceitava o autoritarismo da sala de aula e nem do próprio pai, Decroly dedicou-se a experimentar uma escola voltada somente aos interesses dos alunos e que preparasse as crianças para viver em sociedade e não fornecer a elas conteúdos e conhecimentos voltados somente a sua formação profissional.
 Decroly foi um dos percussores dos métodos ativos, que se baseiam na possibilidade de o aluno conduzir o próprio aprendizado e, assim, aprender a aprender. Ele pensa que a criança aprende muito mais e melhor quando tem liberdade para escolher o que quer aprender, como e quando quer, sem que isso lhe seja imposto, pois, elas entram na escola com condições biológicas suficientes para desenvolver os conhecimentos de seu interesse. “A criança tem espírito de observação, basta não bata-lo”, escreveu Decroly.                                                
 Alguns de seus pensamentos estão bem difundidos em salas de aula atualmente. É o caso da globalização de conhecimento – que inclui o chamado método global de alfabetização – e dos centros de interesse.                                                                      O princípio de globalização de Decroly se baseia na ideia de que as crianças aprendem o mundo com base em uma visão do todo, que depois pode se organizar em partes, ou seja, que vai do caos à ordem. Portanto a maneira mais adequada de aprender a ler teria seu início nas atividades de associação de significado, de discursos completos e não do conhecimento isolado de sílabas e letras.
            Os centros de interesse são grupos de aprendizado, tido como oficinas de disciplinas alternativas, organizados de acordo com a idade dos estudantes e com base nas etapas da evolução neurológica infantil.        


3 Biografia Maria Montessori

             Maria Montessori nasceu em 31 de agosto de 1870 em Chiaravalle, Província de Ancona, Itália. Filha de Militar foi médica, psicóloga, antropóloga, pedagoga, católica e feminista. Sofreu influência das sociedades norte e sul de seu país. Estudou em escolas públicas, sua paixão era a matemática. Em 1896 começou a trabalhar com crianças deficientes na clínica psiquiátrica da Universidade de Roma.
            Em 1898, em um congresso em Turim, defendeu o Método Montessori, tese em que os deficientes e anormais precisavam menos da medicina e mais de bom método pedagógico. Segundo Montessori, não se tratava, evidentemente, de que todo tratamento dessas crianças fossem por reconstituição do sistema nervoso através tônico; mas assegurava-se que as esperanças de qualquer desenvolvimento estavam no mestre, não no clínico; era necessária a criação de um ambiente que o ajudasse e que os médicos desprezavam demasiado interessados por uma terapia tomada em sentido restrito. Maria Montessori pensava não haver a necessidade de internar os anormais em casas de saúde e fazê-los desfilar pelas clínicas e sim, construir escolas onde se aperfeiçoassem pela observação cotidiana, juntamente com os métodos de Séguin(método utilizado na época) que ao mesmo tempo, formaria professores; porque, sem bons professores, nada poderia ser feito.
            Toda a vida de Maria Montessori se orientava agora para a educação dos anormais. Tomava conhecimento de todas as publicações que surgiam na Itália e no estrangeiro sobre pedagogia e aproveitava todas as sugestões que lhes eram úteis, prosseguia infatigavelmente as suas experiências com os alunos do internato e mostrava aos candidatos e aos professores como a tarefa que empreendiam era das mais nobres que alguém pode tomar para si.
            Caridade, o espírito de sacrifício, a atenção, o íntimo entusiasmo, o otimismo e o zelo pelo trabalho formam o indispensável fundamento em que vêm assentar os conhecimentos e preceitos; desde então lhe surge no espírito o pensamento de que na escola não ganham só os alunos, mas também os mestres, e que a educação não é, como se julgara até aí, um jogo unilateral: se a escola é boa, a personalidade do mestre deve também enriquecer-se em contato com o aluno mesmo que se trate de anormais, e, sobretudo se trata de anormais.
Em 1907, Maria Montessori abriu, num bairro pobre de Roma, sua primeira Casa de Bambini (casa das crianças) onde aplicou na educação de meninos normais, a metodologia bem sucedida no trabalho com deficientes mentais. O êxito da primeira escola levou a abertura de muitos outros centros Montessorianos para a educação de crianças. Publicou livros em que expôs á base filosófica de suas teorias pedagógicas, entre elas Education for a New World (1946; Educação para um novo mundo) e To Educate the Human Potential (1948; Para educar o potencial humano). Seu ultimo livro, The Absorbent mind (1949; A mente absorvente), aborda a educação de crianças de menos de três anos.
           Maria Montessori morreu em NoordWijk aan Zee, Países Baixos, em 6 de maio 1952. 
Hoje, os livros de Maria Montessori estão traduzidos em numerosas línguas, entre elas o chinês e o árabe. Há escolas Montessorianas em todo o mundo: Tibete, Quênia, Itália, Hungria, Holanda, Panamá e na Austrália. A preparação dos mestres também não foi descuidada e em vários países existem escolas de formação Montessoriana; a sociedade Montessori tem seções em todas as terras civilizadas e fundam escolas, organizam conferências, cursos de férias... O movimento amplia-se cada vez mais.

3.1 Metodologia

          Maria Montessori é conhecida pelo método educativo que desenvolveu e que até hoje é usado em escolas públicas e privadas em todo o mundo.
          Montessori partiu de um princípio básico de que a criança é capaz de aprender naturalmente. Era necessário dar a ela um ambiente adequado, rico em experiências, um ambiente onde a criança, sem a intervenção inadequada de um adulto, mergulhe em atividades e descobertas pessoais.
          Em 1913 ela dirá “deixe a criança livre, e ela se revelará”. Maria Montessori enfatizava três valores que atem a ação pedagógica: a criança, o ambiente e a educação. Segundo Montessori, era através da própria criança que o educador deveria aprender. Destacou a importância da liberdade, da atividade e do estímulo para o desenvolvimento físico e mental das crianças. Para ela, liberdade e disciplina se equilibram, não sendo possível conquistar uma sem a outra.
          Adotou o princípio da autoeducação, que consiste na interferência mínima dos professores, pois a aprendizagem teria como base o espaço escolar e o material didático. Responsável também pela criação do Método Montessori de aprendizagem, composto especialmente por um material de apoio em que a própria criança (ou utilizador) observa e faz as conexões corretas. Esses princípios e sua crença determinaram alguns de seus postulados tais como: O educando tem que ser tratado de acordo com sua dignidade de filho de Deus, dentro de um clima de compreensão e liberdade; o educador é obrigado a respeitar o discípulo em toda sua integridade; o educador deve manifestar-se como um guia experimentado e amigo fiel que exija e oriente com mão flexível, mas firme. Não é somente um guia, mas também sujeito ativo da educação: dá e recebe, orienta, mas deixa em liberdade, é firme, mas concede; o educador deve conhecer os diversos graus de desenvolvimento do homem para realizar sua tarefa com êxito, sendo três as fases de desenvolvimento, que vão desde quando o homem nasce até a adolescência. Suas ideias reformularam a educação.

          A essência de sua pedagogia centra nos princípios educacionais da atividade e da liberdade. A ênfase de Montessori voltava-se mais para o ser biológico do que para o social, destacando que a concepção educacional é de crescimento e desenvolvimento, mais que ajustamento ou integração social, considerando que a vida é desenvolvimento.







4 Biografia Friedrich Wilhelm August Froebel

                  Friedrich Froebel nasceu dia 21 de Abril em Oberweissbach, Turingia, sudeste da Alemanha. Aos nove meses sua mãe morre. Era filho de pai protestante e severo, foi adotado pelo tio, cresceu solitário e introspectivo. Autodidata, dedicou-se a aprender matemática, linguagem, botânica (pois explorava florestas perto de onde morava) e outras matérias. Cursou de maneira informal algumas matérias na Universidade de Jena e assim tornou-se professor e quando ainda jovem visitou a escola do pedagogo Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), em Yverdon, na Suíça.
          Em 1811 foi convocado pelo exercito durante as guerras napoleônicas e só em 1816 pode abrir sua primeira escola, em Griesheim, Turingia. Em 1818 o estabelecimento é transferido para Keilhau, também em Turingia onde começa a por em prática suas teorias pedagógicas. Para Froebel o que mais importava, interessava era a descoberta, a integração ou a revelação de ambas as partes, do eu e do objeto, da criança e do brinquedo, do aluno e do conteúdo ministrado, tendo como objetivo aprender a ligação que traz base a essa troca: não há sujeito sem objeto, não há realidade externa se o homem não está lá para estruturá-la.
          Em 1826 houve a publicação de sua mais importante obra, Die Menschenerziehung (A Educação do Homem) onde expõe com detalhes opiniões básicas de sua filosofia da esfera, que são o “interno” e o “externo”. Dessa forma, o aluno toma consciência de si mesmo, de sua capacidade conforme o momento em que aprende a entender o objeto.
         
          Em 1831 é chamado pelo governo suíço a supervisionar o treinamento de professores primários e dirigiu também um orfanato. Também em 1831, quando voltou a kielhau, todas as suas experiências o inspiraram a fundar o Instituto para o Cuidado da Infância e da Juventude que mais tarde, rebatizou como Jardim de Infância (kindergarten), que foi o primeiro a existir na Alemanha, na aldeia vizinha de Backenburg. Nesse período dirigiu também uma gráfica que produzia e imprimia programas de brincadeiras e canções para serem aproveitadas nas escolas e em casa.
          Em 1848, Froebel deixa Keilhau para abrir, em Bad Liebestein, uma instituição caracterizada como jardim de infância, coligado a um internato para a formação de professores direcionados a essas instituições, pois não havia profissionais para esse tipo de tarefa na época. Froebel se entusiasmou com a revolução de março de 1948 e esperava que, além de seu conflito meramente político, ele contribuísse para popularizar os jardins de infância. Nesse mesmo ano, Froebel organiza um congresso de professores primários para debater as ligações pedagógicas entre o jardim de infância e a escola primária, bem como a função dos materiais de jogos no sistema escolar.
           Em 1851, Froebel foi confundido com seu sobrinho esquerdista e as atividades do jardim de infância foram vedadas pelo governo da Prússia o qual era preocupado com o envolvimento que Froebel mantinha com os grupos de livres–pensadores e com a maneira que lidava com a religião nos estabelecimentos, deixava de fora qualquer dogmatismo e qualquer ortodoxia.
           Em 1851 e 1852 ele lança sua última publicação semanal com o título “Revista Periódica com os esforços de Friedrich Froebel em favor de uma instrução para o desenvolvimento e a formação do homem na realização da unidade vital universal”. Com o apoio do rei da Saxônia, tentou dar continuidade a seu trabalho dirigindo uma escola instalada no castelo de Mariental, mas morreu em 21 de Junho de 1852 e mesmo após sua morte, só em 1860, oito anos mais tarde, foi liberado o funcionamento dos jardins de infância.
            A interdição dos jardins de infância na Prússia teve como decorrência, a princípio, impedir a divulgação dos jogos educativos de Froebel no restante da Alemanha. Se hoje temos conhecimento desses métodos pedagógicos que se espalhou no mundo inteiro, isso se deve em boa parte à batalha de Bertha von Marenholtz-Bülow (1810-1893) que ficou amiga de Froebel nos últimos anos da sua vida e, depois da sua morte, divulgou suas teorias sobre os jardins de infância através de palestras e apresentações nos principais países da Europa: Bélgica, Países Baixos, França, Itália, Reino Unido e Suíça.
           Até hoje, a instituição do jardim de infância é lembrada em todo o mundo pelo nome de seu criador, mas com o tempo passou por diversas intervenções, e desde 1945, com decadência do movimento Froebel na Alemanha, é mais abordada como um local de despertar pedagógico e de educação pré-escolar com finalidades norteadas para a psicologia de grupo e a psicologia social.   Entretanto, suas teorias e métodos de educação elementar do jardim de infância, criados no jogo, continuam intensos na educação pré-escolar. 

4.1 Metodologia

O criador dos jardins-de-infância oferecia e defendia um ensino sem obrigações ou constrangimentos porque o aprendizado varia de acordo com os interesses de cada um e só acontece através da prática. Foi um dos primeiros educadores a pensar no início da infância como a fase de mais importância e decisiva na constituição das pessoas. Essa ideia hoje é consagrada pela psicologia, ciência da qual foi precursor.
Frase de Froebel: 
       “Por meio da educação, a criança vai se reconhecer como membro vivo do todo”.
O método utilizado por Froebel para a educação eram os jogos e atividades livres e em grupos, com materiais simples. Dessa forma, as crianças poderiam adquirir conhecimentos, e haveriam então, uma troca de aprendizagem entre elas.
Froebel acreditava que esses eram elementos essências para a educação, que é de grande importância o autoconhecimento porque não se limitaria a individualidade, mas, ao contrário, tornaria a vida em sociedade mais harmoniosa. Acreditava que a espontaneidade jamais poderia ser substituída por qualquer padrão artificial, que ao deixar a criança livre ela conseguiria expor seus interesses enquanto ser humano e, então, sua essência seria extraída.
Froebel, em sua percepção psicológica sutil, observou que as impulsões da criança na primeira infância trariam marcas permanentes ao ser humano. Por isso o desenvolvimento da linguagem e dos sentidos faria uma ponte na trajetória do mundo interior ao exterior.
O nome “Jardim de Infância” nasceu da ideia de que as crianças eram como plantinhas que precisavam de cuidados todos os dias. As brincadeiras determinadas por Froebel eram ao ar livre para que as crianças pudessem se interagir com o ambiente. Acreditava também que o dom divino que havia em cada criança pudesse se manifestar através do espírito Divino de que era composta a natureza.





5 Biografia Célestin Freinet

            Freinet nasceu em 15 de outubro de 1896 no sul da França, na região de Provença, tinha oito irmãos. Freinet não teve uma experiência muito agradável na escola, e essa experiência ruim, influenciou seus métodos de ensino e desejo de que a educação fosse mudada.
Quando Freinet estava cursando o magistério começa a primeira Guerra mundial e Freinet é obrigado a interromper seus estudos para se alistar. Recrutado pelo exército em 1915 foi gravemente ferido em batalha e em 1917, ficou com o pulmão direito prejudicado, respirava com dificuldade, lesão causada por gases tóxicos, Freinet nunca se recuperou completamente dos ferimentos que sofreu.
            Em 1920 Freinet começou suas atividades como educador na escola Primaria na cidade de Le Bar-Sur-Loup, foi quando ele começou a desenvolver seus métodos de ensino.
Em 1923 Freinet comprou um Tipógrafo, para ajudar nas atividades de ensino, porque devido a seu ferimento no pulmão direito, tinha muita dificuldade em falar por períodos longos. Foi com o uso do Tipógrafo que ele imprimia seus textos e jornais que usava em sala de aula com seus alunos. Eram os alunos de Freinet que faziam seus próprios trabalhos, eles faziam e organizavam seus trabalhos em grupos e depois os grupos apresentavam seus trabalhos para toda a classe.

            Em 1924 Freinet criou uma cooperativa de trabalho junto com professores de sua aldeia, isso foi o que deu inicio ao movimento da Escola Moderna na França, nesse mesmo ano começaram as primeiras correspondências escolares.
Em 1925 Freinet conhece a artista plástica Élise, que começa a trabalhar como sua ajudante e em 1926 casa-se com ela, algum tempo depois nasce sua filha Madeleine Freinet.
Os métodos de ensino que Freinet usava, seguia na contramão ao que propunha o governo, o que causava desconfiança por causa de muitas correspondências trocadas. Os alunos de Freinet publicavam textos criticando abertamente as figuras ilustres de sua cidade, por essa razão Freinet foi afastado de suas funções em 1935, depois disso começou sua própria escola junto com sua esposa Èlise, nasceu assim a idéia de uma escola livre e experimental.
Nos anos de 1939 – 1940 quando iniciou a 2° guerra mundial Freinet foi conhecido como comunista, considerado perigoso por eventuais atividades de sua organização que eram contrárias as ordens estabelecidas pelo governo, Freinet foi preso e levado para um campo de concentração. Freinet fica seriamente doente, mais com tudo, enquanto é mantido preso, ele dá aula para seus companheiros, sua esposa Élise luta pela sua libertação e consegue. Logo após sua liberdade, Freinet se alia ao movimento da resistência Francesa.
No final da década de 1940, Freinet cria o Instituto da Escola Moderna(cooperativa do ensino leigo),  na qual a cooperativa já reunia mais de 20 mil participantes. Em 1956 Freinet começa a se preocupar com o excesso de alunos em sala de aula, é dado inicio a uma campanha com o objetivo de conseguir manter 25 alunos por sala de aula.  Em 1957 os seguidores de Freinet deram inicio a Federação internacional dos movimentos da Escola Moderna (Fimem), que hoje reúne educadores da Pedagogia Freinet no Brasil e o Movimento da Escola Moderna em Portugal. Em 1966 Célestin Freinet morre na cidade de Venci na França.

5.1 METODOLOGIA

Freinet não concordava com o ensino tradicional, onde o professor só jogava informações aos alunos, Freinet defendia um método de educação onde o aluno e professor trocam informações, interagem em sala de aula. Freinet dizia que o professor tem que conhecer a realidade do aluno, o “mundo” em que ele vive 
Para Freinet a educação deveria proporcionar ao aluno, a realização de um trabalho real, ele propunha uma escola mais pratica, pois o ensino tradicional era muito teórico e ele dizia que esse ensino era desligado da vida e do cotidiano dos alunos. Freinet observava a criança, assim, vendo como e quando poderia intervir. Para Freinet  o aprender deveria estar ligado à experiência de vida e isso só se dá colocando a mão na massa, através de trabalhos. O trabalho faz o aluno desenvolver seus pensamentos, Freinet  acreditava que através do trabalho o ser humano manifesta seus pensamentos e os realiza de modo eficaz.
Freinet defendia um ambiente de aula mais atrativo para o aluno, condições de o aluno ter prazer em aprender, o método de Freinet trazia diferentes formas de aulas para incentivo do aluno, como aula passeio que tinha a finalidade de observar o ambiente natural e humano, depois os alunos voltariam à sala de aula para conversar sobre suas experiências e produziam textos para aperfeiçoar a comunicação, tinham também texto livre, jornal escolar, correspondências entre as escolas onde os alunos trocavam experiência dos textos que escreviam. O método de avaliação que Freinet usava, tinha o propósito de deixar os alunos se autoavaliarem, analisando o que haviam aprendido, o aluno ia a busca pelo certo, encontrando os erros e os se corrigindo, eram as chamadas “fichas de auto correção”.
   Para Freinet a escola ideal tinha que ser voltada á criança, onde o professor teria o papel de orientar e organizar as idéias, idéias essas que viriam dos alunos de uma forma natural de dentro para fora. Freinet buscou técnicas pedagógicas que pudessem envolver todas as crianças na aprendizagem, independente da diferença de caráter, inteligência ou meio social. Para Freinet seu comodismo de só pensar que a escola não era ideal, ele tinha que buscar o o professor não podia parar em porquê dessa escola não ser ideal. Suas propostas continuam tendo grande importância na educação dos dias atuais.

6 Conclusão

 Neste trabalho concluímos que os pensadores em questão, construíram suas ideias com o intuito da melhoria de aprendizagem da criança normal, utilizando a mesma metodologia, ou seja, sem fazer distinção entre elas; cada pensador com seu método específico, mas todos com a mesma finalidade: ensinar a criança a aprender, sem impor regras, autoridade e sempre trabalhando um grupo; onde um aprender aprende com o outro, em meio à questão de seus próprios interesses, entre brincadeiras e jogos, atividades em ar livre, construção da própria grade da escola, mas nunca deixando de lado as disciplinas necessárias para o desenvolvimento escolar.
 A pesquisa realizada mostra como eles foram importantes para o construtivismo, pois, todos trabalhavam com base nessa questão, porém, não faziam ideia desse fato e só hoje em dia, depois de muitos anos após suas mortes, vemos como suas teorias foram de suma importância para esse período.
 Hoje, em todo o mundo existem escolas que referenciam cada um desses grandes pensadores, e seus métodos são utilizados com muito êxito. 

Bibliografia

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AUTORES,67.”Grande Enciclopédia Barsa”.3ª edição,vol.6, págs.452,453.São Paulo,Editora Barsa Planeta Internacional,2004.

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LEGRAND,Louis.”Célestin Freinet- Coleção Educadores”.1ª edição.São Paulo, Editora Massangana,2010.

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RÖHRS,Hermann.”Maria Montessori- Coleção Educadores”.1ª edição.São Paulo,Editora Massangana,2010.

JÚLIO,Maran.”Montessori- Uma Educação Para a Vida”.2ª edição,pág.9-13.São Paulo,Editora Loyola,1977.




2 comentários:

  1. Infelizmente muitas escolas se apegam a um método de ensino, tornando-se um ensino engessado mesmo sem perceberem. Nós professores ficamos de mãos atadas, pois se batermos de frente expondo nossas ideias somos criticados pela instituição.

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  2. Grandes homens e mulheres, mas o que mudou desde então?

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